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Biomanguinhos e Parceria Estratégica para Produção de Insulina no Brasil

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© Foto: Ricardo Stuckert / PR

Avanços na Produção Nacional de Insulina

A recente parceria entre o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), o Ministério da Saúde, a empresa de biotecnologia Biomm e a farmacêutica chinesa Gan&Lee representa um marco significativo na produção de insulinas no Brasil. O objetivo central dessa parceria é a transferência de tecnologia, permitindo que o país reduza sua dependência de insulinas importadas, especialmente no tratamento do diabetes tipo 2, uma condição que afeta aproximadamente 20 milhões de brasileiros, correspondendo a 10,2% da população.

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O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que exige atenção contínua. Com uma prevalência alarmante no Brasil, torna-se crucial a oferta de tratamentos eficazes e acessíveis. As insulinas análogas de ação rápida e prolongada são fundamentais para os pacientes que necessitam do gerenciamento adequado dos níveis de glicose no sangue. A produção nacional de insulina glargina, parte central do acordo firmado, visa atender essa demanda crescente de forma sustentável e eficiente.

A recente colaboração, que visa a produção e entrega de 20 milhões de frascos do medicamento ainda em 2025, representa um passo importante para o fortalecimento da indústria farmacêutica nacional. A partir de 2024, a planta da Biomm, localizada em Nova Lima (MG), começará a fornecer insulina produzida localmente, marca que representa a retomada da produção desse hormônio no Brasil após duas décadas de dependência externa.

Através dessa Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), o Brasil não apenas importa insulina, mas inicia um processo de autossuficiência em um insumo vital. O principal impacto dessa estratégia é a segurança do fornecimento para os pacientes e a mitigação de riscos associados a flutuações do mercado internacional que poderiam comprometer o acesso a esse medicamento essencial.

Outro aspecto relevante é a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da insulina, que ficará sob a responsabilidade da planta da Fiocruz em Eusébio (CE). Essa unidade não só se torna a primeira planta produtiva de insulina da América Latina, mas também simboliza um avanço significativo na capacidade produtiva do Brasil em biotecnologia. Essa nova infraestrutura não só maximiza a produção local, mas também estabelece novos padrões de qualidade e segurança em medicamentos biológicos.

Além disso, as perspectivas futuras são promissoras. Com o andamento do projeto, a produção poderá alcançar 70 milhões de unidades anuais em até 10 anos, atendendo assim a demanda potencial da população brasileira. Essa expansão não apenas garantirá um suprimento adequado de insulina, mas também poderá reduzir custos, tornando o tratamento mais acessível para muitos pacientes.

Finalizando, essa iniciativa se destaca não apenas pela urgência da questão do acesso a medicamentos essenciais, mas também pela necessidade de uma política robusta de saúde pública que priorize a autossuficiência e a inovação no setor farmacêutico. O fortalecimento das parcerias entre instituições de pesquisa, governo e empresas privadas é fundamental para que o Brasil avance na produção de insumos essenciais, garantindo a saúde da população enquanto impulsiona a economia local.

A produção de insulina local, portanto, não é apenas uma questão de sanidade econômica, mas uma questão de dignidade para milhões de brasileiros que vivem com diabetes. O sucesso desse projeto será um indicador claro do progresso do Brasil em direção a um sistema de saúde mais justo e eficiente, onde cada cidadão tenha acesso não apenas ao que é necessário para sua sobrevivência, mas também à garantia de que esse acesso será estável e confiável ao longo do tempo.

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