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SUS Introduz Tratamento Inovador para Atrofia Muscular Espinhal

Tratamento Inovador para a Atrofia Muscular Espinhal no Brasil
O acesso a comprovações de eficácia em tratamentos de saúde é crucial no contexto atual da medicina, especialmente quando se trata de doenças raras, como a atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1. A partir de 24 de setembro de 2023, crianças diagnosticadas com essa condição terão a oportunidade de receber um tratamento inovador e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento Zolgensma, que representa um avanço significativo no tratamento da AME, será disponibilizado, substituindo a função de um gene ausente ou com funcionamento inadequado. Na rede particular, o custo desse tratamento gira em torno de R$ 7 milhões, o que torna sua incorporação no SUS uma conquista monumental para as famílias afetadas.
Relevância do Acesso ao Zolgensma
É importante entender a magnitude deste evento. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que essa é a primeira terapia gênica a ser oferecida pelo SUS, colocando o Brasil entre um seleto grupo de cinco nações que disponibilizam essa inovação para sua população. Essa decisão é resultado da busca por melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas pela AME, uma doença que impacta não apenas a capacidade de movimento, mas também a respiração, tornando a intervenção precoce vital.
Para que o tratamento seja administrado, é necessário observar critérios específicos: as crianças devem ter até 6 meses de idade e não estar utilizando ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. Com a inclusão do Zolgensma, o SUS passa a oferecer todas as terapias modificadoras disponíveis para AME tipo 1, ampliando assim as opções para os pacientes e suas famílias.
Dados e Impacto Social
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 287 recém-nascidos diagnosticados com a AME surgem anualmente entre os 2,8 milhões de nascidos vivos. Essa estatística revela a importância de intervenções oportunas e eficazes para minimizar o impacto da doença. Com a introdução do Zolgensma, espera-se que as crianças tratadas apresentem melhorias significativas na sua qualidade de vida e, consequentemente, na vida de suas famílias.
A adesão ao tratamento, no entanto, dependerá do acompanhamento rigoroso da eficácia do medicamento. O acordo firmado com a indústria farmacêutica garante que os pagamentos sejam condicionados aos resultados observados nas crianças tratadas. O ministro Padilha destacou que a avaliação do desempenho do Zolgensma será contínua, acompanhando a evolução da saúde das crianças através de marcadores clínicos ao longo do tratamento. Esse modelo de acompanhamento permite um monitoramento efetivo e adaptável às necessidades dos pacientes.
Para iniciar o tratamento, as famílias devem procurar um dos 28 serviços de referência em terapia gênica de AME espalhados pelo Brasil, incluindo estados como São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Os pacientes passarão por uma triagem baseada no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para AME, estabelecido pelo Ministério da Saúde. Ademais, um comitê foi anunciado para garantir o acompanhamento permanente dos pacientes que receberão o Zolgensma como parte do tratamento.
Antes do acordo atual, o Estado já vinha oferecendo o Zolgensma em resposta a 161 ações judiciais, mostrando a urgência e a demanda por essa terapia revolucionária. A mudança na política de saúde pública reflete uma crescente compreensão da necessidade de garantir acesso a tratamentos inovadores, especialmente em um país com desigualdades significativas em saúde.
Em adição ao Zolgensma, outros medicamentos como nusinersena e risdiplam continuam a ser utilizados para o tratamento da AME tipos 1 e 2 na rede pública. Com a integração do Zolgensma, espera-se um aumento na utilização desses tratamentos, que já contaram com mais de 800 prescrições em 2024.
Em suma, a introdução do Zolgensma no SUS não apenas representa um avanço científico e médico, mas também simboliza um compromisso do sistema de saúde brasileiro em oferecer tratamentos de saúde justa e amplamente acessíveis à sua população. A conquista do acesso a terapias gênicas necessárias para o tratamento da atrofia muscular espinhal é um marco na luta contra doenças raras no Brasil.
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